A China deu um passo significativo no campo da inteligência artificial ao desenvolver um modelo generativo que pode ser executado em diferentes data centers e em arquiteturas heterogêneas. Esse avanço é crucial, pois as sanções impostas pelos Estados Unidos restringiram seu acesso às GPUs mais avançadas da NVIDIA, como a A100 e a H100, que são essenciais para a IA. No entanto, a China encontrou uma solução inovadora que lhe permite fazer mais progressos nesse campo estratégico.
Um modelo inovador de IA para superar as restrições
O desenvolvimento desse modelo de IA generativo representa uma resposta direta às dificuldades impostas pelas sanções. De acordo com o analista Patrick Moorhead, esse modelo não só é capaz de ser executado em diferentes data centers, mas também em GPUs com diferentes microarquiteturas. Isso inclui chips mais avançados, como o A100 da NVIDIA, mas também GPUs menos potentes, como o H20 da mesma empresa e o Ascend 910B da Huawei. Essa abordagem flexível permite que a China acompanhe o ritmo da inovação em IAsem depender exclusivamente de chips NVIDIA de ponta, que são difíceis de adquirir devido às restrições impostas pelos EUA. A capacidade de treinar esses modelos em servidores geograficamente dispersos com hardware diverso é uma conquista notável nesse contexto.
A competição em IA se intensifica
O potencial desse modelo de IA é considerável. De acordo com especialistas como Sundar Pichai, CEO da Alphabet, a China está destinando recursos maciços para o desenvolvimento de IA e está emergindo como uma potência líder nessa disciplina. Jensen Huang, CEO da NVIDIA, alertou que o desenvolvimento de chips e tecnologia na China não deve ser subestimado, pois o país investiu pesadamente em startups especializadas em GPUs. Esse avanço em IA não só permite que a China contorne as sanções, mas também coloca o país em uma posição privilegiada para continuar sua liderança em inteligência artificial. Embora os detalhes sobre essa tecnologia ainda sejam limitados, sua capacidade de operar em diferentes arquiteturas de GPU e sua aplicabilidade em ambientes distribuídos sugerem que outros países poderão adotar abordagens semelhantes em breve.