A Siemens e a Microsoft exploraram como a Inteligência Artificial Generativa pode impulsionar as atividades industriais de seus clientes, e a resposta é claramente sim. "De fato, a IA pode ser usada para o desenvolvimento e geração de código de programação", diz Cesar Fernandez, chefe de Digitalização de Infraestrutura da Siemens Digital Industries na Espanha.
Essa mensagem foi um dos destaques do recente Siemens Innovation Tour, que percorreu nove cidades espanholas em maio. A turnê mostrou os últimos desenvolvimentos em automação e convergência, sempre com exemplos práticos e casos de uso para detectar oportunidades de crescimento e novos modelos de negócios. César Fernández explicou que a tecnologia evoluiu da "produção automatizada para a produção adaptativa, com operações industriais holísticas, como o metaverso industrial".
A grande atração do Innovation Tour foi o chamado Industrial Copilot, um chatbot desenvolvido pela Siemens em colaboração com a Microsoft e a fabricante de máquinas Schaeffler. As três empresas criaram um piloto real em que cada empresa contribuiu com sua experiência para adaptar a IA generativa à indústria. "O Siemens Industrial Copilot permite que os usuários gerem, otimizem e depurem rapidamente códigos de automação complexos, reduzindo significativamente os tempos de simulação, de semanas para minutos", explica Fernandez. Esse avanço tecnológico usa informações de simulação de processos e automação da plataforma empresarial digital aberta da Siemens, o Siemens Xcelerator, e as aprimora com o serviço Azure OpenAI da Microsoft.
O Industrial Copilot não só ajuda a gerar código, mas também a testá-lo, simplificando a geração de documentação e as tarefas de manutenção industrial. A Siemens acredita que o chatbot "representa um passo à frente em direção à colaboração homem-máquina, em que a IA impulsiona a produtividade e a inovação em todos os setores". Eles acrescentam que "essa inovação entre a Siemens e a Microsoft pode transformar a maneira como as empresas projetam, desenvolvem, fabricam e operam, iluminando o caminho para um futuro industrial mais eficiente e sustentável".
O chatbot foi projetado para responder especificamente às perguntas, sempre usando conteúdo privado exclusivo de cada empresa. A IA não inventará respostas se não souber a solução, ao contrário de outras IAs do mercado de massa. "Com nossa visão de Co-Pilotos Industriais ao longo de toda a cadeia de valor, queremos desbloquear esse potencial para melhorar a colaboração homem-máquina e acelerar os ciclos de desenvolvimento e inovação. Junto com nossos parceiros, tornamos a IA generativa uma realidade para nossos clientes em grande escala, para operações mais sustentáveis e para um futuro melhor", diz a Siemens.
Com essa abordagem colaborativa da Siemens, da Microsoft e da Schaeffler, a IA generativa abre um novo capítulo além da criação de textos, imagens ou vídeos. As empresas acreditam que "o que funciona bem no uso privado deve ser adaptado às exigências do setor". A IA tem muito território a conquistar no ambiente de produção, com a proteção e a segurança dos dados como prioridades.
O uso da IA generativa no setor exige uma integração perfeita com os sistemas e processos existentes, bem como validação e monitoramento robustos. Ao atender a essas necessidades, a IA generativa pode ajudar as organizações empresariais a enfrentar seus desafios mais urgentes e capacitar as pessoas a realizar mais em menos tempo.
