A inteligência artificial (IA) chamou a atenção do mundo nos últimos anos devido a avanços como o ChatGPT ou o Sora e o impacto que todos esses aplicativos têm no trabalho e na vida cotidiana. Em setembro de 2023, a TIME lançou sua primeira edição da TIME 100 AI, uma lista que reconhece as 100 pessoas mais influentes em inteligência artificial. Embora a lista seja dominada por inovadores dos EUA, ela também destaca a crescente influência de figuras de economias emergentes, como Índia e China, que estão começando a desempenhar papéis importantes no cenário da IA.

Sem surpresa, a lista inclui grandes nomes dos Estados Unidos, o país com a maior representação na lista, como Sam Altman, CEO da OpenAI, e Elon Musk, fundador da xAI, em uma lista de líderes que é encabeçada pelos irmãos Amodei, fundadores da Anthropic. Altman, cuja organização é responsável pela criação do ChatGPT, e Musk, conhecido por sua abordagem disruptiva em vários setores, bem como por sua postura política e discursos polêmicos, são emblemáticos de como os EUA consolidaram seu domínio na corrida pela supremacia da IA.

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Os EUA também contam com um amplo espectro de figuras que vão desde pesquisadores acadêmicos, como Geoffrey Hinton, pioneiro em redes neurais, até formuladores de políticas públicas e reguladores, como Meredith Whittaker, presidente da Signal e defensora da ética da IA. A forte presença de executivos e cientistas dos EUA reflete o investimento maciço do país em infraestrutura de tecnologia e seu papel como berço das principais inovações em inteligência artificial.

Índia: uma estrela em ascensão

Apesar do domínio dos EUA, a Índia está bem posicionada na lista da TIME como um ator importante no campo da IA. Com 15 representantes na lista, a Índia demonstra sua capacidade crescente nesse campo. Uma das figuras mais proeminentes é Sneha Revanur, uma ativista de 18 anos que lidera o movimento Encode Justice, uma organização que promove o uso ético da IA. Sua inclusão ressalta o crescente foco dos jovens indianos nos desafios éticos impostos por essa tecnologia.

Além disso, figuras como Kalika Bali, pesquisadora principal da Microsoft Research India, e Romesh e Sunil Wadhwani, fundadores da Wadhwani AI, mostram como a Índia está usando a IA para resolver problemas sociais e romper barreiras tecnológicas, especialmente em áreas como saúde, agricultura e educação. A organização sem fins lucrativos Wadhwani AI, por exemplo, usa soluções baseadas em IA para melhorar a eficiência no diagnóstico de doenças e aumentar o acesso a serviços de saúde em comunidades rurais.

A Índia, com seu ecossistema de startups de tecnologia e um foco em IA para o bem social, está demonstrando que as economias emergentes podem não apenas participar, mas também liderar a inovação tecnológica. De acordo com Vinod Khosla, um dos principais investidores do Vale do Silício, a IA tem o potencial para transformar setores inteiros, uma visão que sustenta os investimentos no setor médico e de robótica na Índia.

China: um gigante da tecnologia também

A China também está bem representada na TIME100 AI, embora sua abordagem se distinga pelo controle governamental sobre a regulamentação e o uso da inteligência artificial. Zhuang Rongwen, diretor da Administração do Ciberespaço da China, é uma das figuras-chave reconhecidas. A China adotou uma abordagem centralizada para a supervisão e o desenvolvimento da IA, permitindo a aplicação de tecnologias como reconhecimento facial e sistemas de crédito social em grande escala. Esse controle rígido atraiu críticas da comunidade de direitos humanos, mas também permitiu que a China progredisse rapidamente na implementação da IA em setores como comércio eletrônico e administração pública.

Além disso, empresas como Baidu, Alibaba e Tencent continuam a liderar a pesquisa e o desenvolvimento de IA na China. Essas empresas estão investindo em tecnologias de aprendizagem profunda e algoritmos avançados, o que lhes permite competir no cenário global. No entanto, a falta de figuras proeminentes na lista, em comparação com os EUA, reflete as diferenças na visibilidade pública e na influência individual na China, onde o progresso da IA é geralmente liderado por grandes conglomerados e não por personalidades individuais.

O cenário futuro

Claramente, a liderança dos EUA é incomparável, mas o surgimento da Índia e da China demonstra que as economias emergentes estão prontas para desempenhar papéis importantes. A Índia, em particular, mostrou que pode liderar o uso ético e social da IA, enquanto a China está consolidando seu poder por meio de uma forte regulamentação e de um desenvolvimento tecnológico avançado. O que está claro é que a inteligência artificial está moldando o futuro globalmente.