A Starlink, empresa de internet via satélite de propriedade de Elon Musk, anunciou que irá cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear o acesso ao X, anteriormente conhecido como Twitter. A decisão ocorre após uma semana de tensão entre a empresa e as autoridades judiciais brasileiras. A plataforma X, que também é de propriedade de Musk, confirmou o bloqueio na terça-feira, 3 de setembro.
No domingo, 1º de setembro, a Starlink havia informado Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que não cumpriria a ordem judicial enquanto as contas bancárias da empresa permanecessem bloqueadas. O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou o congelamento das contas na quinta-feira, 29 de setembro, devido a dívidas legais que a Musk tem com a justiça brasileira.
Apesar das dificuldades financeiras, a Starlink disse que cumprirá a ordem de Moraes. A empresa disse que, apesar de considerar ilegal o bloqueio de suas contas, seguirá em frente com a suspensão do X no Brasil. De acordo com informações publicadas pelo jornal Estadão, os usuários da Starlink ainda conseguiam acessar a rede social em várias partes do país, mesmo após a ordem inicial.
O conflito entre Musk e o STF se intensificou em 30 de setembro, quando Moraes emitiu uma nova ordem para suspender o acesso ao X em todo o Brasil. A medida foi tomada depois que Musk ignorou uma intimação que lhe solicitava a nomeação de um representante legal para a rede social no país. A ordem foi repassada à Anatel, que está encarregada de coordenar sua implementação com os provedores de serviços de internet.
Com o bloqueio financeiro ainda em vigor, a Starlink está impossibilitada de realizar transações no Brasil. A empresa iniciou um processo judicial no STF para contestar a decisão de Moraes, chamando as ações de "tratamento ilegal", de acordo com o comunicado emitido pela empresa. No entanto, a plataforma cumprirá a ordem para evitar possíveis sanções adicionais.
O STF mantém a suspensão da X enquanto durarem as disputas judiciais. De acordo com fontes do Estadão, a Starlink manifestou sua intenção de cooperar com as autoridades, embora continue lutando pelo desbloqueio de seus ativos no Brasil.
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