A maioria das startups e empresas emergentes não poderá se dar ao luxo de participar da corrida da IA, de acordo com o CEO da Anthropic, Dario Amodei, a empresa por trás da Claude e avaliada em US$ 18 bilhões, que discutiu os detalhes do desenvolvimento da IA no podcast In Good Company.
Em uma entrevista com o CEO do Norges Bank, Nicolai Tangen, Amodei analisou quanto tempo leva para colocar um modelo de IA em funcionamento e quanto pode custar para lançar a tecnologia. Para Amodei, o custo de treinamento dessas tecnologias é de cerca de US$ 100 milhões, mas "hoje há modelos em treinamento que custam mais de um bilhão".
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Para o executivo da Anthropic, os preços atuais são apenas a base de partida e, nos próximos anos, eles aumentarão, pois até "talvez 2027, chegaremos a 10 ou 100 bilhões de dólares, portanto, acho que há uma boa chance de que, nessa época, tenhamos modelos que sejam melhores do que a maioria dos humanos na maioria das coisas".
Alto padrão
O alto preço para desenvolver a IA cria uma complicação para as startups que desejam entrar no mercado e criar modelos para competir com gigantes da tecnologia, como a OpenAI ou a Anthropic. Em média, as startups dos EUA levantaram cerca de US$ 59 milhões em financiamento no primeiro trimestre de 2023, muito longe dos US$ 450 milhões que a Anthropic levantou em maio de 2023.
É por isso que, de acordo com Amodei, as pequenas empresas terão muita dificuldade para entrar na corrida da IA. "Haverá um ecossistema vibrante a jusante e haverá um ecossistema para modelos pequenos", disse Amodei, da Anthropic, que dá a entender que as pequenas empresas não conseguirão levar o bolo que as grandes estão compartilhando.
No podcast, Amodei também revelou que a Anthropic está trabalhando em chips de inteligência artificial que competirão com a Nvidia com a ajuda do Google e da Amazon, empresas que investiram até US$ 2 bilhões e US$ 4 bilhões, respectivamente, na Anthropic.