A inteligência artificial ganhou relevância em vários setores, e a ByteDance, controladora do TikTok, está avaliando sua incursão nesse campo com uma abordagem inovadora. De acordo com fontes próximas citadas pela Reuters, a empresa chinesa está considerando desenvolver um modelo de IA em grande escala usando chips da Huawei, devido às restrições comerciais impostas pelos Estados Unidos, que limitam seu acesso à tecnologia avançada de outras nações.
Desenvolvimento orientado por IA e tecnologia local
A ByteDance já usa os processadores Ascend 910B da Huawei para executar tarefas de inferência, que são operações menos intensivas em termos de computação e permitem que a IA faça previsões com base em modelos pré-treinados. No entanto, para treinar modelos de IA mais avançados, é necessário um nível mais alto de processamento, que geralmente é obtido com chips de alto desempenho, como os fabricados pela Nvidia. A esse respeito, a colaboração com a Huawei é apresentada como uma estratégia para minimizar a dependência de componentes estrangeiros, especialmente dos EUA. De acordo com fontes, a ByteDance teria encomendado mais de 100.000 chips Ascend 910B da Huawei este ano, mas só recebeu menos de 30.000 unidades até o momento, ressaltando as dificuldades na cadeia de suprimentos desses componentes.
Negação e expectativas futuras
Apesar dos relatórios, Michael Hughes, porta-voz da ByteDance, negou que a empresa esteja trabalhando em um novo modelo de inteligência artificial, minimizando a credibilidade das alegações de desenvolvimento iminente. Por outro lado, a Huawei optou por não comentar o assunto, mantendo silêncio sobre seu possível envolvimento nesse projeto. A decisão da ByteDance de considerar processadores locais, como os da Huawei, destaca o impacto das tensões comerciais no setor global de tecnologia. O crescente interesse em IA, impulsionado por empresas como a ByteDance, demonstra como as empresas chinesas estão buscando alternativas para continuar competindo no campo da inteligência artificial, apesar das barreiras internacionais.