Após uma década de perdas no projeto Alexa, a Amazon planeja dar um salto qualitativo no projeto com a introdução da inteligência artificial em sua próxima versão, que contará com dois serviços pagos e tem como objetivo ir ao mercado em agosto. De acordo com fontes internas, oito funcionários que trabalhavam no setor da Alexa estão liderando o novo projeto, que busca se equiparar aos chatbots do Google, OpenAI e Microsoft. Espera-se que a Remarkable Alexa custe entre US$ 5 e US$ 10 por mês, dependendo dos recursos e serviços incluídos.
"Uma Alexa mais inteligente e mais capaz", prometeu o executivo-chefe da empresa, Andy Jassy, em uma carta aos acionistas. A versão paga da Alexa será projetada para executar tarefas complexas com um único comando, o que poderia eliminar a necessidade de chamar a Alexa repetidamente durante uma conversa. Ela também oferecerá respostas mais personalizadas, adaptadas às preferências do usuário. No entanto, um dos principais desafios enfrentados pela Amazon é convencer os clientes a pagar por um serviço que outras plataformas oferecem gratuitamente.
O compromisso da Amazon com a inteligência artificial não é novo. A empresa de Jeff Bezos fez investimentos significativos na área, incluindo um investimento de US$ 4 bilhões na Anthropic, a empresa por trás do chatbot Claude, que concorre diretamente com o ChatGPT. Em um relatório recente da CNBC, foi afirmado que a Amazon pretende usar seu próprio modelo de linguagem, conhecido como Titan, para atualizar e aprimorar a Alexa.
A Remarkable Alexa representa um esforço significativo da Amazon para recuperar terreno no competitivo mercado de assistentes virtuais. Com a introdução de serviços pagos e funcionalidades avançadas de inteligência artificial, a empresa espera atrair um segmento de usuários dispostos a investir em uma experiência mais sofisticada e personalizada. À medida que a data de lançamento em agosto se aproxima, ainda não se sabe se a Amazon conseguirá convencer os consumidores de que a nova Alexa vale o custo extra.