A Procuradoria Geral do Estado do Brasil anunciou na terça-feira, 11 de junho, a incorporação de ferramentas de inteligência artificial (IA) em seus sistemas para otimizar suas operações. Essa iniciativa, em colaboração com a Microsoft e sua plataforma de computação em nuvem Azure, busca "ganhar eficiência e assertividade" em processos jurídicos.

A operação será alimentada pela Microsoft, usando sua Azure cloud computing. A adoção dessa tecnologia representa um passo significativo na modernização da Advocacia-Geral da União (AGU), permitindo um gerenciamento mais eficiente dos processos jurídicos e tributários.

A IA não pretende substituir a equipe, mas complementar seu trabalho, especialmente nos casos com maior incidência de impostos. O objetivo é reduzir a carga de trabalho manual e permitir que os advogados se concentrem em tarefas mais complexas e estratégicas. A implementação inicial se concentrará em áreas com altas cargas tributárias, onde a precisão e a velocidade são essenciais para o gerenciamento eficaz.

"A prioridade da Advocacia é entregar soluções para problemas que afetam todo o Estado brasileiro. Por isso, há a necessidade de investimentos estratégicos e essenciais, especialmente para melhorar a gestão do risco fiscal", defendeu a Advocacia em um comunicado.

 

Risco tributário

Um dos principais benefícios da incorporação da IA é o aprimoramento da gestão do risco tributário. A capacidade da IA de analisar grandes conjuntos de dados e detectar padrões permite à AGU antecipar e mitigar riscos potenciais com maior precisão. Essa tecnologia também facilita a identificação de fraudes e práticas irregulares, contribuindo para uma administração mais transparente e eficaz.

A adoção da IA pela AGU gerou diversas reações no setor jurídico brasileiro. Muitos especialistas veem isso como um avanço necessário para manter a eficiência em um ambiente cada vez mais complexo e exigente. "A integração de ferramentas de IA não apenas otimiza os processos, mas também abre novas oportunidades para melhorar a qualidade do serviço jurídico", comentou Maria Silva, advogada e especialista em tecnologia jurídica.

O Brasil não está sozinho na adoção da IA no setor público. Países como os Estados Unidos e o Reino Unido já começaram a implementar tecnologias semelhantes em seus sistemas judiciais e administrativos. Essas experiências internacionais mostram que a IA pode desempenhar um papel crucial na modernização das instituições públicas, melhorando a eficiência e reduzindo os custos.

A AGU indicou que continuará a investir em treinamento e capacitação de sua equipe, garantindo que advogados e outros profissionais estejam bem preparados para trabalhar com essas novas ferramentas tecnológicas. "O treinamento é fundamental para maximizar o potencial da IA e garantir uma transição suave para essas novas formas de trabalho", acrescentou o comunicado da AGU.